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  • Foto do escritorAdestramento de Cães Salvador

Por que adestrar um cão? Como adestrar um cão corretamente?

Atualizado: 26 de out. de 2020


A maioria das pessoas no mundo acreditam que os cães só aprendem por adestramento ou condicionamento, devido à cultura de submissão e autoritarismo.


O adestramento baseado em repetições de comandos, visto em apresentações, com o uso de petiscos como recompensa e clicker geralmente é o tipo mais conhecido pelas pessoas, onde combina praticas de reforço positivo que se baseia na recompensa pelo acerto do cão.


Vale ressaltar que para se melhorar o comportamento de um cão ou ensinar algo não devemos nos limitar ao uso de adestramento. Este termo deve ser usado apenas para se aprender algo por condicionamento via repetições de comandos.


O aprendizado em si é construído, através de varias abordagens, ex: estímulo cognitivo, experimentação, superação de desafios, descobertas, adestramento, terapia, tratamento, etc.

Além do Adestramento, a Psicologia Animal, também contribui para um aprendizado mais saudável, respeitoso, sem autoritarismo, submissão por maus tratos. Possibilita juntamente com outras técnicas a ressignificação e reprogramação do aprendizado, através da psicoterapia.


Considerando seu papel no aprendizado canino, é peça fundamental neste processo e às vezes até mais importante que o Adestramento. Em muitos casos estará tratando de problemas de comportamento que o Adestramento não será capaz de solucionar com as repetições de comandos ou práticas corretivas via punição.


Muitas vezes quando se adquire um cão idealiza-se que este terá características e comportamentos desejados, baseado em opniões pessoais, internet, livros, revistas, ou da experiência de outros criadores.

Porém muitos não sabem que o comportamento do animal resulta de uma variedade de fatores: genético, experiências vividas, histórico, criação, personalidade, ambiente, rotina no dia a dia, dentre outros fatores. E que o fator genético da raça é quase irrelevante no quesito comportamento.


Para se ter um cão equilibrado e obediente é necessário a combinação de alguns fatores: bom temperamento do animal, uma boa educação, ter conhecimento sobre cães, além de práticas de adestramento, comportamento e psicologia animal.

Dai a importância de se buscar a ajuda de um especialista em Adestramento de Cães e Psicologia Animal. Certos cães exigem um conhecimento maior sobre comunicação canina e comportamento animal que outros. Muitos se surpreendem ao achar que entendiam de cães até se deparar com um caso mais complexo. E a ajuda de um profissional não deve ser limitada só para resolver problemas, mas principalmente para orientar como evitar e prevenir no futuro, diminuindo incômodos diversos.


O trabalho de um especialista em comportamento canino, psicologia animal e adestramento de cães, é complexo e envolve aptidões diversas transversais. Além de especialização nestas respectivas áreas, requer também experiência ao longo de anos que são adquiridas após centenas de casos já tratados. Pois só a teoria não é suficiente.


O conhecimento e experiência não se resume a teorias, receitas prontas encontradas em livros, TV,  internet, e nem tampouco, em produtos milagrosos vendidos por aí.

Requer, além de experiência prática profissional, habilidades conceituais específicas, atualizações constantes, estudos científicos, conhecimentos técnicos, e principalmente respeitar e amar os animais.


Muitas vezes, o termo adestrador é o mais usado no mundo, apesar de não ser o termo mais apropriado, (visto que adestramento como já explicado é apenas uma parte do processo de aprendizagem). Durante muitos anos no mundo só havia a prática de adestramento, condicionamento. Não haviam ainda estudos avançados na área de psicologia animal e de comportamento animal. O profissional que trata de comportamento chama-se de comportamentalista animal. Dentro da área de comportamento animal há diversas outras especialidades no tratamento dos animais. Iremos detalhar mais oportunamente em outro artigo relacionado a este.


Atualmente a profissão é desmerecida, e pouco valorizada pela sociedade, infelizmente, devido a baixa qualificação, e amadorismo de muitos adestradores, que não tratam a atividade com seriedade, agem sem compromisso, sem estudos, sem qualificação, sem ética, desrespeitam os animais, prejudicando a imagem da classe de forma generalizada. Além disso combina -se a falta de conhecimento entre as diferenças: adestramento e comportamento animal.


Quanto ao sucesso do adestramento ou tratamento do animal. A participação dos proprietários dos animais é essencial para o alcance dos resultados. O sucesso no adestramento, tratamento e aprendizagem canina depende principalmente do empenho, dedicação durante toda a vida do animal e capacidade do proprietário de estabelecer uma boa relação de convívio e comunicação com o animal. Dedicando -se diariamente ao animal, e não apenas quando estiver com o treinador, ou terapeuta canino. Erro as vezes comum achar que após o tratamento, os tutores não precisarão mais se dedicar ou manter em prática as orientações, visto que os problemas poderão voltar novamente ou até surgir novos problemas por fatores diversos.


O tempo de duração do tratamento ou adestramento varia em função de diversos fatores, tais como: histórico, demandas, temperamento, personalidade do cão, motivação, dedicação, nível de cognição, idade, ambiente e objetivos pretendidos.


Atenção: Não se pode confundir conhecimentos rasos obtidos em: cursos superficiais (cada vez mais comum o surgimento de cursos técnicos e de pós- graduação que não abordam o tema de forma seria e responsável) enganado as pessoas por ai, aplicações de métodos ineficientes já ultrapassados, conteúdos incoerentes e "receitas de bolo prontas" disseminadas pela tv em programas, internet, livros que existem por aí, tais práticas podem ser perigosas para seu animal.


Tais "fórmulas mágicas ou receitas de bolo prontas", muitas vezes, combinam práticas de submissão, que traumatizam os cães, e são propagadas pelas pessoas de forma  irresponsável. Geralmente estas práticas incoerentes são aplicadas muitas vezes, por quem não se importa verdadeiramente com os animais, já que não buscam se aprimorar e nem evoluir quanto a novos métodos de adestramento e tratamento animal.

Quando aplicadas podem prejudicar ainda mais o comportamento do animal, criando resistência no aprendizado, pela falta de confiança e traumas envolvidos anteriormente com outras metodologias e práticas de submissão (coação, medo, agressão).


É comum vermos práticas de submissão no adestramento que visam ameaçar, acoar, assustar, punir ou maltratar os cães. Ex: borrifar água, bater com jornal enrolado, ameaçar com objetos ou barulhos, assustar com barulho de latas, fogos de artificio, tranco de coleira, enforcadores, guias unificadas, deixar preso de castigo, gritar, imobilizar no chão, golpear com os dedos, coleiras de choque, vibração de disparo automático, fora outras práticas mais absurdas ainda que já tivemos conhecimento ao longo dos anos, como usar fio desencapado e ligar na tomada elétrica para dar choques no cachorro, enfim, absurdos, e maus tratos com os animais disfarçados de "técnicas" maldosas por pessoas e profissionais não qualificados.

 

Há diversos tipos de adestramento: comportamental, obediência, trabalho, guarda e defesa, mondioring, dog show, freestyle, agility, performance, etc. Vale ressaltar que não há limites de idades ou raça para o adestramento. Apenas adequação e respeito aos limites de cada animal. O adestramento positivo busca reforçar o acerto do animal com petiscos, brinquedos e elogios. Porém segue uma dica: se houver qualquer tipo de ameaça , medo ou desconforto no animal, não se trata de adestramento Positivo, por mais que o profissional argumente ou invente denominações tipo: reforço negativo, desestimulo, contra-reforço, punição despersonalizada, ou qualquer outro termo para tentar justificar a Submissão do animal.

Alguns comandos de obediência ou truques, são mais conhecidos no dia a dia, tais como: Junto, Aqui, Fica, Senta, Deita, Rola, Dar a Pata, Busca, dentre outros. Há ainda diversos outros tipos de aprendizagem, tais como: anti-envenenamento, não puxar a coleira ao passear, não fugir, não morder as pessoas, não latir excessivamente, não ser agitado e ansioso, fazer as necessidades no local apropriado, não destruir objetos em casa, etc. que não se limitará ao adestramento.

O objetivo deste texto foi apenas de trazer alguns conceitos de forma objetiva sobre adestramento, bem como trazer a importância da Psicologia Animal como peça fundamental no aprendizado e tratamento de comportamento canino, ora pouco conhecido pelas pessoas.

Para entender melhor sobre as diversas abordagens que existem no tratamento de cães, leia nosso outro artigo sobre Psicologia Animal e as diferentes áreas de tratamento animal. 


Deseja ver outros artigos como este? Click aqui.


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